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Alexandre Pereira

O menino dos ossos de vidro e o sonho de ajudar outras pessoas

Publicado em: 22/09/2017 por Luana Barros

Secretaria de Educação

Fã de redes sociais e tecnologias, Alexandre Lucas Pereira , 14 anos, tem o sorriso, os sonhos e a energia como de um adolescente da sua idade. Com um misto de curiosidade e timidez, ele nos contou um pouco de sua vida repleta de superação. Com cinco dias do nascimento, seus avós Margarida de Lima e o senhor Zé Pequeno descobriram que ele tinha uma doença rara chamada Osteogênese Imperfeita, popularmente conhecida como “ossos de vidro”.

Com a fragilidade, os ossos quebravam facilmente e Alexandre superava limites diários, como ir à escola. Com 10 anos, essa rotina teve que ser modificada e, após uma ação na Promotoria, Alexandre teve o direito de ter uma professora particular, custeada pelo Município de Imperatriz. Ele gostou muito da opção.

“Tenho muito carinho por minha professora. Gosto de estudar e sonho em ser médico, para ajudar outras pessoas”, revelou. Com uma sala de aula improvisada em sua casa no Bairro Habitar Brasil, Alexandre tem aulas com Cristina Rodrigues dos Santos, 35 anos, todos os dias.

“Sou professora há dez anos e, há quatro, acompanho ele. Nossas aulas são lúdicas para não cansá-lo. Utilizamos computador, internet, jogos educativos e artes. Evitamos forçar a escrita, porque ele ainda tem preservado os movimentos da mão esquerda e é com esta que ele escreve e tem uma caligrafia perfeita” - explicou.

Uma vez ao mês, Alexandre recebe seus colegas de escola, numa aula em que a sociabilidade e amizade tronam-se vivas em sua rotina. “Ele não teve o cognitivo afetado. É muito dedicado e gosta de aprender. Não coloca barreiras, apesar das inúmeras dificuldades, e gosta muito quando os colegas da Escola Caminho do Saber, onde está matriculado vem visitá-lo” - acrescentou a professora.

Quando mais novo, Alexandre estudou em várias escolas, mas, até os dez anos não havia desenvolvido a leitura e nem conhecia o alfabeto.  Com o acompanhamento médico, realizado em São Luís, duas vezes ao ano, ele toma medicação para o fortalecimento dos ossos e sua aprendizagem tem se desenvolvido com as aulas em domicílio.

Rodeado de amor, ele mora com os avós, irmã e primos e recebe além das aulas, carinho da comunidade escolar em que está inserido.

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