Assistência Social

EXPLORAÇÃO

Sedes orienta população a não dar dinheiro aos venezuelanos nas ruas

Eles possuem abrigo próprio e a forma de trabalho adotada por eles configura exploração do trabalho infantil

Publicado em: 17/06/2020 por Sara Batalha

Secretaria de Desenvolvimento Social

Sedes orienta população a não dar dinheiro aos venezuelanos nas ruas

Equipes da Sedes e Conselho Tutelar fazem abordagens e tentam convencê-los a saírem das ruas com as crianças e irem para o abrigo. (Foto: Maira Soares)

Quem mora em Imperatriz já se deparou com os venezuelanos nas ruas e semáforos, com cartazes pedindo dinheiro. Eles geralmente estão acompanhados dos filhos pequenos. Mas, o que muitos não sabem é que, além de abrigo próprio, mantido pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social, Sedes, em Imperatriz, os venezuelanos contam com apoio pedagógico, refeições e lanches todos os dias, itens de higiene pessoal, acompanhamento de saúde, entres outros, indispensáveis à manutenção da vida. Ir às ruas e expor as crianças a esse tipo de atividade é perigoso e não tem respaldo legal no Brasil.

Janaína Ramos, secretária da Sedes lembra que “a legislação brasileira não permite o trabalho infantil, e nós temos feito de tudo, dentro do que rege o Estatuto da Criança e do Adolescente, ECA, para dar uma melhor qualidade de vida a eles. De acordo com o capítulo V, artigo 60, do ECA, é proibido qualquer trabalho com menores de quatorze anos de idade, salvo na condição de aprendiz. Então, nós temos agido no sentido de tirá-los das ruas, até porque eles têm um acolhimento adequado no Abrigo Reviver, e não precisam estar nas ruas pedindo dinheiro”, reforçou Janaína.

Lucidalva Santos, coordenadora do Abrigo Reviver, onde os venezuelanos estão acolhidos, orienta a população: “Nós queremos neste momento, conscientizar a população para não dar dinheiro a eles. No abrigo eles têm alimentação necessária, local para dormir, lazer, educação, saúde e assistência social. Inclusive, temos várias crianças matriculadas, outros na EJA, e só alguns adultos que não estão estudando por vontade própria mesmo. E, até mesmo durante a pandemia, eles continuam com o acompanhamento pedagógico”, acrescentou.

Ela explica que alguns dos venezuelanos que estão nas ruas, na verdade não moram no município,“têm alguns que não são daqui. São de cidades vizinhas, a maioria vem de Açailândia. Eles pegam uma van de manhã, ficam nas ruas pedindo e depois retornam pra lá. Vêm sem proteção, sem máscara nem nada, expondo-se a riscos”, enfatiza a coordenadora.

Quer colaborar com o abrigo?

Caso tenha interesse em doar, o cidadão pode se direcionar diretamente ao abrigo e fazer a entrega dos donativos. O Abrigo Reviver, para refugiados, está localizado na Rua Pernambuco, 1897, entre a Avenida Industrial e a Rua E, bairro Santa Rita.

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