Cultura

LITERATURA

Livros contemplados por edital Edelvira Marques são lançados no Salimp

Autores selecionados explicaram a temática de suas obras e inspirações

Publicado em: 09/10/2019 por Rafael Pestana

Fundação Cultural de Imperatriz

Livros contemplados por edital Edelvira Marques são lançados no Salimp

Cada autor deve realizar a doação de 50 exemplares da obra selecionada para o acervo municipal. (Foto: Edmara Silva)

Durante o café literário de terça-feira, 08 de outubro, na programação do 17° Salão do Livro de Imperatriz, Salimp, aconteceu o lançamento coletivo dos livros que contemplados pelo edital cultural Edelvira Marques de Literatura, realizada pela Prefeitura de Imperatriz, por meio da Fundação Cultural, FCI. A solenidade, que ocorreu em parceria com a Academia Imperatrizense de Letras, AIL, reuniu ao todo o lançamento de 12 livros, sob os selos das editoras Ethos e Estampa.

Cada um dos autores recebeu 5 mil reais, do Fundo Municipal de Incentivo à Cultura, para publicação das obras escolhidas. “Em consonância com normas do prêmio, cada um dos escritores contemplados deve efetuar a doação de 50 cópias do livro para o acervo da Fundação Cultural. Posteriormente, esses livros serão distribuídos gratuitamente nas bibliotecas públicas e nas escolas municipais, através do projeto Arte e Cidadania”, explica Cleiton Ribeiro de Carvalho, representante da Fundação Cultural de Imperatriz.

Além da doação dos livros, os escritores contemplados possuem o compromisso de ministrar até cinco palestras em projetos sociais indicados pela Fundação Cultural. “Os escritores terão também a responsabilidade de não ficar só aqui no centro com seus livros, participarão do lançamento desses livros nos bairros e nas comunidades mais afastadas. O artista tem que ir até o povo. É esse o direcionamento que o prefeito Assis Ramos, e o Buzuca, ao assumir a presidência da FCI, não medem esforços para realizar. Eles nos deram condições de trabalhar de forma honesta, democrática e participativa para fazer os editais, que existem há muito tempo, funcionarem finalmente, ” explica o representante da Fundação Cultural, Samuel Pereira de Souza, Samuka.

“Eu estou aqui dando uma devolutiva daquilo que eu adquiri na universidade quando me formei. Eu estou devolvendo para a sociedade o investimento que recebi por meio das políticas públicas de ensino. Eu tive a honra de fazer 300 exemplares da minha obra, graças ao edital Edelvira Marques, coisa que eu sozinha, vinda do interior, da roça, não teria conseguido. Eu não vim aqui para agradecer a publicação de um livro, eu vim para agradecer a concretização de um sonho”, comenta Gisélia Alves dos Santos, contemplada com a obra Mulheres na Fronteira.

O professor universitário e escritor, Marcos Fábio Belo Matos, contemplado com o livro Palavras no Avesso, reiterou o potencial literário de Imperatriz. “Às vezes, quem está de fora, não tem a dimensão da pujança literária que aqui existe. Adalberto Franklin, em uma conversa que tivemos pouco antes dele falecer, me contou que já tinha publicado mais de 700 obras pela sua editora. Para uma cidade pequena, ter 700 obras publicadas, não é pouco, não é qualquer cidade que faz isso. Agradeço a Fundação Cultural pela iniciativa, apesar de para alguns parecer algo pequeno, a instituição de um prêmio literário é uma política pública de fomento à cultura, à literatura, muito importante. Hoje somos nós quatro, ano que vem podem ser mais quatro e depois mais quatro. Não é pouca coisa se você pensar em fomento cultural e literário."

O edital de literatura Edelvira Marques foi construído por várias mãos, discutido de forma pública, e o próprio processo de avaliação das obras ocorreu de forma transparente. “A banca avaliativa não foi feita pela Fundação Cultural. O presidente Buzuca, entendendo a forma transparente e democrática desse processo, compreendendo a dimensão e a complexidade que é avaliar a literatura, principalmente aquela que é feita em Imperatriz, optou por se fazer uma seleção para a montagem da banca com representantes indicados pela sociedade civil organizada”, conclui, Samuka.

Cultura