Preservação

ALERTA

Força tarefa vistoria seca do Tocantins

Mobilização vem do medo de morte do rio, que agoniza nestes dias

Publicado em: 26/07/2017 por William Castro

Secretaria do Meio Ambiente

Força tarefa vistoria seca do Tocantins

No percurso, feito em uma balsa, foi possível perceber que em alguns trechos o rio está muito mais raso, alguns até secos (Foto: Dávila Henrique)

            Grupo formado por seis vereadores da Comissão Permanente de Meio Ambiente; secretária de Meio Ambiente, Rosa Arruda; o deputado estadual Léo Cunha (PSC), e ativistas ambientais, realizou vistoria no rio Tocantins, na manhã de terça-feira (25). O  objetivo foi de observar o volume de água e verificar aspectos das agressões praticadas contra a natureza. 

            No percurso – feito com uma balsa – foi possível perceber que, em alguns trechos, o rio estão mais rasos, sendo possível enxergar o fundo. De acordo com a secretária Rosa Arruda, diversos fatores contribuem para a queda do nível das águas. Assoreamento, desmatamento, poucas chuvas na nascente do Tocantins e as usinas hidrelétricas, são alguns agravantes apontados. Durante a vistoria foram feitos vários flagrantes de dragas retirando areia de forma irregular, bem próximo à ponte Dom Affonso Felipe Gregory.

            Ela explica que esses fatores podem ser corrigidos a longo prazo, com trabalho direcionado para as nascentes, com a revitalização dos afluentes e acompanhamento do que está sendo feito pelo Comitê de Bacias Hidrográficas do Araguaia/Tocantins. “A médio prazo, é preciso revitalizar as margens, verificar o lançamento de esgoto. A curto prazo, acompanhar a usina hidrelétrica, pelo aumento da vazão, junto ao Ibama (licenciador), à administração da empresa e o Ministério Público Federal (fiscalizador)”, avaliou a secretária.

            Rosa Arruda lembrou que, no início deste mês, foram coletadas amostras em 20 pontos, no decorrer de 18km no rio, para análises laboratoriais e verificação da qualidade da água. Esses estudos estão sendo realizados por técnicos e professores da Uemasul.

            O deputado Léo Cunha enfatizou que a quantidade de esgoto lançada no rio e a diminuição do volume de água, implicam no aumento do índice de poluição. “Estamos preocupados com a situação, e levamos à sociedade a mensagem de que, se não fizermos alguma coisa, em um curto espaço de tempo, estaremos presenciando a morte do rio. Para que isso não aconteça, temos que buscar soluções, cobrar dos governos municipal, estadual e federal e das empresas particulares, também” – alertou.

            Ele ainda apontou o monitoramento das águas como um caminho e se comprometeu a reunir a Comissão de Meio Ambiente do Estado, na Assembleia Legislativa.

            O vereador Pedro Gomes (PSC), que também acompanhou a inspeção, ressaltou que a população joga lixo e esgoto no rio “Eu vou convocar as pessoas, mobilizar grupos, para combatermos esse mal. Vamos cuidar do rio” - sinalizou. 

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