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Jurivê de Macedo, mestre da crônica jornalística

Jornalista habilidoso, de linguagem culta e ao mesmo tempo popular, foi sem dúvida, o melhor profissional da comunicação na arte de noticiar fatos da política maranhense, em especial a imperatrizense e da região tocantina

Publicado em: 28/03/2019 por Domingos Cezar

Assessoria de Comunicação

Em 17 de maio de 2010, Imperatriz se despedia do maior jornalista de sua história: Raimundo Jurivê Pereira de Macedo, aos 80 anos de idade. No mesmo ano foi escolhido como patrono do Salão do Livro de Imperatriz – SALIMP. Nascido em 16 de maio de 1930, filho de Fanny de Oliveira Macêdo e José Pereira de Macêdo, Jurivê de Macedo foi provisionado em advocacia e jornalismo.

Em sua cidade natal, Porto Nacional no estado do Tocantins fez seus estudos primários e secundários. Em São Paulo (SP) fez o curso clássico no Colégio Paulistano e Colégio Estadual Caetano de Campos. Retornou ao Maranhão em 1960, estabelecendo-se em Porto Franco, cidade onde foi vereador e presidente da Câmara. No final dos anos 60 mudou-se para Imperatriz, aqui integrou-se ao Rotary Clube e a Maçonaria. Foi advogado provisionado, sócio fundador e editor do Jornal O Progresso, depois colunista político do Jornal O Estado do Maranhão.

Membro fundador da Academia Imperatrizense de Letras, Jurivê de Macedo, o imortal titular da Cadeira 11, teve como patrono, como ele mesmo descrevia, o médico escritor e desbravador sertanejo, Francisco Ayres da Silva, seu conterrâneo de Porto Nacional no estado de Goiás, atualmente estado do Tocantins.

A professora e escritora Edna Ventura, então presidente da Academia de Letras, atual titular da Secretária da Mulher, na administração Assis Ramos rememora que “o desinteresse de Jurivê em publicar livros devia ao seu espírito de humildade, pois se contentava ser um bom jornalista”.

Sob a coordenação do acadêmico Livaldo Fregona, uma comissão formada por outros acadêmicos se encarregou de “garimpar” entre centenas de notícias de sua festejada coluna “Comentando os Fatos” nascida no jornal O Progresso e depois migrada para O Estado do Maranhão.

Além de ter sido um jornalista habilidoso, informado, de linguagem culta e ao mesmo tempo popular, foi sem dúvida, o melhor profissional da comunicação na arte de noticiar fatos da política maranhense, em especial a imperatrizense e da região tocantina.

De acordo com Livaldo Fregona, o imortal tem um expressivo acervo de textos e, para compor o livro Jurivê Macedo: Mestre da Crônica jornalística. “Jurivê ao longo dos anos escreveu com muita dedicação, e para encontrarmos os melhores dos melhores foi uma difícil tarefa, durante esse processo foi possível apreciar o trabalho do colega”. A opinião de Fregona é compartilhada por todos seus confrades que fizeram parte da comissão.

Para o jornalista Walter Rodrigues,também já falecido, que residia em São Luis, Jurivê escrevia melhor que grande maioria da capital, “não apenas porque tinha um estilo leve, irônico e bem-humorado, mas porque conhecia o idioma tão bem que se permitia ser simples".

No livro que se encontra à venda na sede da Academia e no Centro de Artesanato de Imperatriz, Jurivê de Macedo sempre cita com muito orgulho sua musa inspiradora Leonor Mesquita Almeida Macedo, com quem viveu 57 anos e teve 12 filhos, 28 netos e sete bisnetos.

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