Pacientes com internação prolongada e que apresentam quadro estável com possibilidade de recuperação, mesmo que lenta, podem garantir o atendimento intensivo de saúde fora do hospital. O acompanhamento é feito por uma Equipe Multiprofissional de Atenção Domiciliar, EMAD, e da Equipe Multiprofissional de Apoio, EMAP, do Serviço de Atenção Domiciliar, SAD, do Programa Melhor em Casa.

Para o secretário de saúde do município, Alair Firmiano, “a recuperação dos pacientes atendidos pelo Programa Melhor em Casa que passaram por cirurgias apresentam redução dos riscos de contaminação e infecção", pontua.

As patologias mais apresentadas em pacientes atendidos pelo programa, em 2019, foram de câncer terminal, diabetes e hipertensão descompensadas, sequelas de Acidente Vascular Cerebral, AVC, sequelas de insuficiência cardíaca congestiva, fibrose e doenças raras. Jovens que ficaram paraplégicos ou tetraplégicos e vítimas de arma de fogo também são acompanhados por profissionais do programa que fazem a troca de curativos complexos. 

A equipe multiprofissional do SAD atende pacientes que necessitam de auxílio para ingestão e digestão alimentar, como: nutrição via sonda Nasoenteral, SNE, - a alimentação não pode ser feita via ingestão oral, Gastrostomia - no qual por meio de um procedimento cirúrgico um tubo é colocado no estômago para dar suporte nutricional, Colostomia - exteriorização de uma porção do intestino grosso através da parede abdominal, para desviar o trânsito intestinal, sonda vesical de demora – responsável pela eliminação da urina.

De acordo com a coordenadora do SAD, Nilcelete dos Santos Vieira, “o programa atendeu, em 2019, um número grande de pacientes, totalizando cerca de mais de 600 atendimentos. O período do atendimento domiciliar tem uma média de variação de até três meses, por isso há uma grande rotatividade, mas há casos em que temos pacientes desde o surgimento do programa no município em 2012. Pacientes que precisam de terapia com antibiótico, também, são acompanhados pela equipe”.  

Até o mês de novembro foram contabilizados 87 pacientes em atendimento domiciliar e 12 assistidos com oxigênio domiciliar. A equipe é composta por médicos, enfermeiros, técnicos em enfermagem, fisioterapeuta, nutricionista, assistente social e farmacêutico e realizam atendimento das pessoas em todas as faixas etárias. 

Apesar dos pacientes do Melhor em Casa serem de média a alta complexidade, todos apresentam um quadro estável, o que favorece o desafogamento dos leitos dos hospitais e a diminuição de contaminação por infecção hospitalar. Os atendimentos são realizados em todos os dias da semana, incluindo feriados e finais de semana, nas zonas rural e urbana.